domingo, 24 de março de 2013

BOOGARINS - As Plantas que Curam (2013 Brasilian Psychedelia)



EXISTE SIM VIDA INTELIGENTE 
NO ROCK DOS ANOS 2000 E NO BRASIL!!

EP INDEPENDENTE DESSA BOA BANDA DE GOIÁS E QUE FAZ UM SOM PSICODÉLICO BEM LEGAL, LEMBRANDO UM POUCO O QUE FAZIA SYD BARRET NA SUA FASE MAIS MALUCA!! O CLIMA É PSYCH RETRÔ!! ABAIXO UMA RESENHA FEITA PELO PRÓPRIO FERNANDO, VOCALISTA E GUITARRISTA DA BOOGARINS!! VENENO BRASILEIRO INDEPENDENTE E RECOMENDADO!!

THERE IS INTELLIGENT LIFE IN THE YEARS 2000 AND ROCK IN BRAZIL!
EP BRAZILIAN BAND THAT GOOD THAT MAKES A psychedelic sound, REMEMBERING WHAT A LITTLE did SYD BARRET IN YOUR BEST STAGE! BELOW AN OWN REVIEW MADE BY FERNANDO, GUITARIST AND VOCALIST OF BOOGARINS!

Os sons existentes no EP, desde sua composição e gravação (dois processos que rolaram de forma entrelaçada), são resultados de encontros que começaram a acontecer na casa do Benke no inicio de 2012, quando a gente botou fé em gravar/fazer algumas músicas, já que a gente tinha muita coisa pipocando que não era registrada e pelo desejo de se enfiar nesse lance de gravar por conta própria construindo toda uma particularidade na textura e na cara do som. Começamos a gravar, entre as “dificuldades” do rolê caseiro, que na verdade se tornaram nossas facilidades e foram cruciais para as músicas chegarem nesse formato de Lo-fi charmoso, que no meu olhar elas estão. No primeiro momento a gente só pensava em gravar, mas rolou um resultado bacana nas primeiras músicas, deu aquela vontade de ser banda e tocar mesmo, aí chamamos o Hans pra tocar bateria (que gravou a bateria de Lucifernandis) e depois o Raphael para fazer os baixos, junto com os dois vieram mais músicas que tinham a mesma vibe das primeiras só que agora com mais mentes e sons as enchendo. 

Veio também a dúvida de lançar as primeiras músicas que na maioria tinham sido gravadas só por mim e pelo Benke ou regravar com a banda toda. Como gostamos muito dos resultados das primeiras gravações e achamos que seria impossível recriar o sentimento que conseguimos nelas, resolvemos lançar essas músicas nesse EP que consegue de maneira bem clara definir a onda da banda.As músicas são carregadas com nossas influências. Desde toda áurea psicodélica sixtie, as maravilhosas canções dos artistas nacionais (principalmente os de Minas Gerais) da década de 70. O revival da sonoridade sessentista em geral,  é presente nas bandas atuais que gostamos e de outros artistas que também desenvolvem na ideia de gravações mais simples, mas mesmo assim com muito sentimento, muita música e com uma sonoridade especifica. As letras são sobre delírios e conflitos pessoais, que imaginamos não ser tão individuais, mas sentidos de diferentes formas em diferentes pessoas, sendo as músicas um meio de partilhar isso. Assim, esperamos que apreciem o primeiro assopro dos Boogarins e que ele deixe sua cabeça escancarada para os nossos próximos sons.


Contato com a banda:
Official WebSite: http://www.boogarins.com/

1.Lucifernandis 04:00
2.Erre 03:44
3.Infinu 03:09
4.Despreocupar 02:47
5.Hoje Aprendi de Verdade 03:56
6.Fim 01:56

sábado, 23 de março de 2013

REPOST: Major Arcana - Major Arcana (1976 US Hippie Folk Psych Bluesy)



ISSO É RARIDADE PURA MESMO!!
THIS IS PURE REAL RARITY!!

MAJOR ARCANA ERA UMA BANDA AMERICANA E QUE TINHA COMO LÍDER UM CARA CHAMADO JIM SPENCER, que inicialmente fez fama como escritor e editor, responsável por uma série de revistas underground lá no início da década de 70!! Ele também encontrou tempo para gravar dois LPs solo nos meados da década de 1970 que atraiu a atenção local, mas que teve pouca repercussão no cenário nacional!! Em 1974 ele decidiu formar uma banda, recrutando o talento do baixista Michael Burdecki, do guitarrista Randall Dubis e do percusionista Jim Kitchen!! Foi aí que surgiu a MAJOR ARCANA que serviu como uma vitrine para Jim Spencer, que tratou de todos os vocais e de todos os créditos das letras de nove das dez canções, sendo que a única exceção era um cover da clássica canção "Greensleeves"!!

Impulsionado pela voz agradável de Jim Spencer, musicalmente o álbum é difícil de descrever, uma vez que saltou em todos os horizontes, incluindo hippie psych folk com toques de blues tradicional, baladas comerciais, folk-rock, funk ao estilo Dr. John e até mesmo interlúdios jazzísticos!! Curiosamente há muitos sites na internet que colocam o álbum como psychedelic o que realmente não é verdade a não ser em duas ou três faixas onde há pitadas sutis da psicodelia!! O álbum é solto e de audição muito agradável, light e tranqüilo e que serve muito bem pra ouvir num domingo de chuva, bem tranqüilo, sossegado, tomando um bom vinho, pois é um som muito legal e de efeito sem nóia alguma!! VENENO RARÍSSIMO E RECOMENDADO!!

OBS: O álbum foi publicado originalmente pelo rótulo poucoi conhecido chamado Major!! Mais ou menos 2.500 foram prensadas e os originais custam até 400 dólares!!

PS. The album was originally published on the not too big Major label. More or less 2.500 were printed. I saw prices of originals going up to 400 $.

This album has a particular and specific sound which is a cross between a somewhat hippie like sphere, folkpsych, and some blues influence. On keyboards and flute we hear, Sigmund Snopek III. -Sigmund Snopek III made at least one really great album, his first solo album, which was reissued in 1994 with bonus tracks from 1987, as "Who’s Afraid of Virginia Woolf?" coming originally from 1972, but he was more known from his band 'the Bloomsbury People'-. His keyboard playing, especially on the first and last track gives a real sweet psychedelic touch, while his flute is like a gay overmeloduous-jazzy contribution which fits well with the hippie-aspect. The percussion, by Jim Kitchen is mostly handpercussion. Jim Spencer, -who made two solo albums just before this-, is responsible for the often soulful blues hippie flavour (vocals and guitars). "Deana Durbin Blues" might be a less necessary but still ok blues track. Also "Down under blues" is blues like the title says, with a similar touch of a somewhat dazed emotional hippieness, which because of the voice qualities is pretty happy-enjoyable at the same time, with some fine multilayered guitar arrangements. "Papa Dock" has a much deeper drug and voodoo driven element, like Dr.John's Gris Gris, with a magic sexually driven "white" black voice, with more hippie blues, and some sexually driven? female voice kicking on the XXX-factor on the stoned psych feeling. More fine rhythmical guitar arrangements we hear on "Back on the Spirit", a soulful song in the name of Jesus, and a kind of hippie gospel expressed with blues and rock. The second track with really sweet keyboards (by the then in Wisconsin living Sigmund Snopek III) we hear on "Fran's Blues", a track which is sung with even more soul and vocal variety, also sung for the Lord. "Greensleeves" might be one of the best moments, with the flute, keyboards and guitars twinkling and interwoven with one another, and evolving like a calm mini-psychedelic trip, driven further like water ripples enlighted by the lights of a lava lamp. The song is sung with melancholy and passion.


Jim Spencer (vocals, guitar)
Randall Dubis (guitar, vocals)
Michael Burdecki (bass, slide guitar)
Jim Kitchen (percussion, harmonica)

01 - Western Wind
02 - Dark Trip To Edge Of City
03 - Shake Me
05 - Deanna Durbin Blues
06 - Down Ubder Blues
07 - Papa Doc
08 - Back In The Spirit
09 - Frans Blues
10 - Greensleves

quinta-feira, 21 de março de 2013

CHARISMA - Beast and Fiends (1970 US Prog Rock with jazz-folk-soul touches)



ALTA RARIDADE!! HIGH RARITY
POSTEI PELA RARIDADE E ALGUMAS MUSICAS QUE SÃO LEGAIS, MAS O DISCO É IRREGULAR, POR ISSO DÁ PRA DIZER QUE OS CARAS SÃO FERAS E DEMÔNIOS COMO DIZ O TÍTULO DO ALBUM!! ESSE É O SEGUNDO LP DA BANDA E TEM UMA SONORIDADE QUE DARIA PRA DEFINIR COMO UM ROCK PROGRESSIVO COM PITADAS SUTIS DO JAZZ, SOUL E FOLK!!  AS FAIXAS INSTRUMENTAIS SÃO O ALTO DO DISCO, PRINCIPALMENTE A MUSICA "BISWAMBI" QUE FOI O PRIMEIRO EP DA BANDA!!

Carisma eram um grupo de rock americano progressiva a partir dos anos 70. Carisma surgiu a partir de raízes divergentes que emanam de três direções. O núcleo do Carisma era rico Tortorigi (baterista) e George Tyrell (baixista). Ambos eram membros de uma banda de soul chamada The Mantiques. Em 1968, Rich Tortorigi recrutou Tom Majesky a tocar guitarra com os Mantiques. Tom então recrutado Bernie Kornowicz, ex-baixista dos últimos cinco, para compartilhar guitarra e deveres de órgãos. A adição final para o grupo era popular cantor Mike DeLisao. Tom e Bernie trouxe o rock and roll para o elemento Mantiques e Mike trouxe a banda um elemento de folkiness. 

Foi em 1969 que a Mantiques assinou com a gravadora Roulette como um imposto conveniente escrever fora para gravar um álbum. O álbum foi produzido por Ed Vallone ea maioria das canções foram escritas por Bruce McGaw. Durante a gravação do álbum, a banda lutou ao longo de um novo nome com a sua nova gestão. Finalmente dado um ultimato, Os Mantiques tornou Carisma, um nome que odiava. O álbum foi gravado no estúdio de som incrível em Nova York. Durante existe carreira, Charsima acabou lançando dois álbuns vendidos tanto melhor na Europa do que nos EUA. Carisma foi oferecida a opção de gravar um terceiro álbum de Registros roleta, mas deixá-lo passar. Provavelmente o melhor, já que toda a renda dos dois álbuns foram para Registros roleta ea banda acabou com nada. Em 1976, Carisma dissolvida.

- Tom Majesky - guitar, vocals
- Bob Mocarsky - keyboards, percussion
- Bernie Kornowicz - bass
- Ritchie Tortorige - drums

01. Street Theater (Bob Mocarsky) - 3:55
02. The No-Tell Motel - 5:05
03. Dirty Pigs Don't Get Far In This World - 2:34
04. Bizwambi - Ritual Dance Of The Reptiles (Charisma) - 4:47
05. Leopold's Ghost - 4:55
06. The Age Of The Reptiles - 3:24
07. Beasts And Fiends - 8:06
08. Pray For Lockjaw (Charisma) - 3:18

quarta-feira, 20 de março de 2013

REPOST: Weed - Weed (1971 German Acid Hard Rock)



BANDA DE "KEN HENSLEY", O MESMO CARA DA BANDA URIAH HEEP, E AINDA COM PARTICIPAÇÃO DE MEMBROS DA BANDA VIRUS!! OS CARAS FAZIAM UM SOM ACIDO COM UM INSTRUMENTAL MUITO BACANA!! UM HARD ROCK COM PITADAS BLUES E PROGRESSIVAS COM DUAS GUITARRAS ROSNANDO E UM PODEROSO ORGAN HAMMOND!! PELO NOME DA BANDA JÁ DÁ PRA VER QUE OS CARAS ERAM "MALUCOS" MESMO!! WEED!! TRADUZINDO: ERVA - FUMO!! NA CAPA UMA "COROA" FEIA SE DELICIANDO E OFERECENDO A "ERVA DANINHA"!! VENENO ALEMÃO RECOMENDADO!!

WEED: 1971 Philips 6305 096 This album related to an infamous rock'n'roll habit ! Unfortunately the album sleeve didn't list the line-up, but it seems likely that Ken Hensley (vocals,organ, slide guitar) of Uriah Heep fame had a leading role. He recorded the Weed album during March 1971 in between the Uriah Heep albums "Salisbury" and "Look at yourself". Some members of the 1970/71 Virus line-up were also involved, Bernd Hohmann and Werner Monka at least and possibly their rhythm section as well. All six tracks were credited to concert promoter Bobo Albes and Philips household producer Rainer Goltermann made sure the sessions in the Windrose Studios were preserved for posterity. The album comprised straight-forward heavy progressive blues rock with twin guitars and organ to the fore, culminating in the excellent, long instrumental title track. Weed can be compared to other German heavy progsters of the era, such as Zarathustra, Blackwater park, Epitaph and Armaggedon, as well as Ken Hensley's similarly obscure "Head Machine" album "Orgasm" dating from 1969 or 1970. The sleeve of the Weed album is quite noteworthy - a somewhat disgusting, middle-aged house wife is pictured, offering some "weed" of an unknown nature! A fine album, but very rare and accordingly high priced at the collector's market."


Ken Hensley - lead vocals, guitar, keyboards
Peet Becker - drums
Reinhold Spiegelfeld - bass guitar
Bernd Hohmann - flute
Werner Monka - guitar
Rainer Schnelle - keyboards

01 - Sweet Morning Light (Albes) 5.47
http://youtu.be/222QE3Gg3PA
02 - Lonely Ship (Albes) 3.12
03 - My Dream (Albes) 6.32
04 - Slowin' Down Albes) 4.30
05 - Before I Die (Albes) 3.45
06 - Weed (Albes) 7.12

domingo, 17 de março de 2013

ANJO GABRIEL - O Culto Secreto do Anjo Gabriel (2011 Brasil Hard Prog Psych)



EXISTE SIM VIDA INTELIGENTE NO ROCK 
DOS ANOS 2000 E NO BRASIL!!

MORADORES DA RIPOHLANDYA, UMA COMUNIDADE HIPPIE DE RECIFE, ESSES PERNAMBUCANOS DOIDÕES ENTRARAM NO TUNEL DO TEMPO E FIZERAM UM SOM MUITO LEGAL QUE SE PODE COMPARAR COM AS BOAS BANDAS ALEMÃS, É O NOSSO KRAUTROCK BRASUCA, CHEIO DE VIAGENS, VIAGENS SONORAS HIPNÓTICAS CARREGADAS DA PSICODELIA!! LEIAM AS RESENHAS QUE COLOCO ABAIXO E QUE DE CERTA FORMA TRADUZEM O É O DISCO E O QUE EU PENSO TAMBÉM SOBRE ELE!! VENENO BRASUCA ALTAMENTE RECOMENDADO!!

THERE IS INTELLIGENT LIFE IN THE YEARS 2000 AND ROCK IN BRAZIL!
RESIDENTS OF RIPOHLANDYA, A COMMUNITY HIPPIE!! THEY ENTERED THE TUNNEL OF TIME AND MADE A SOUND VERY COOL THAT YOU CAN COMPARE WITH THE GOOD GERMAN BANDS!! THE SOUND IS HARD PSYCHDELIC ROCK WITH LONG TRIPS!!HIGHLY RECOMMENDED!!


SITE RECIFE ROCK:

O Ministério da Saúde adverte: se você é impaciente, mantenha distância deste disco. Caso paciência seja uma de suas virtudes, prepare-se para uma viagem sem volta ao lado mais obscuro e sombrio de Jimmy Page, do seu ocultimo e de seu flerte com a magia negra. É trilha sonora para viagens, sejam elas de carro, navio, avião ou psicodélicas. Mais de uma hora e seis minutos percorridos na sinuosa estrada de seis músicas instrumentais, com um vocalzinho ou outro aqui e acolá no meio do caminho. Chato? Depede de você. Do seu estado de espírito e de seu grau de entrega. Pode ir do fascínio ao tédio. De minha parte, a sensação é de tremendo bem estar ao ouvir cada nota de guitarra, cada teclado viajado, cada acompanhamento de baixo e bateria.

O Anjo Gabriel parece congelado nos ano 1970. Eis o seu charme. Principalmente ao vivo, pois seus integrantes parecem saídos de outro planeta. Absolutamente fora de contato com a realidade. E, careta do jeito que a realidade se impõe, é um alento que, em plenos 2010, ainda existam bandas como o Anjo Gabriel. Se você quiser uma definição curta e grossa, ela é mais ou menos assim: pegue o Led Zeppelin e o deixe ainda mais chapado. Componha faixas com mais de dez minutos de duração. E, em cada uma delas, visite os pontos extremos de uma viagem musical: suavidade e agressividade. Leveza e densidade. Calmaria e turbulência. O Anjo Gabriel havia lançado um álbum cujo título entregava tudo: Manual Prático de Psicodelia. Aqui, não há manual, guia, norteamento. O ouvinte que se vire e que se perca a cada segundo de O Culto Secreto do Anjo Gabriel. E, quer saber? Nunca foi tão bom se perder por aí.

====================
FOLHA DE SÃO PAULO:

Anjo Gabriel alucinado e mergulhado na psicodelia

A primeira informação é misteriosa, levemente duvidosa: “Eles irão tocar numa casa…” Numa casa? “Sim, eles e outras seis bandas…”  Depois de uma bela garimpada na rede, foi possível achar pelo menos o endereço da tal casa, mas nada além. E o mistério continuava. Domingo de chuva, aquela garoa ininterrupta que a São Paulo de outros tempos costumava se orgulhar. No meio da tarde, a casa é encontrada, num bairro tradicional da cidade. O som pode ser ouvido da rua, vindo lá de baixo. O grupo acabou de adentrar ao palco, ou melhor, ao cômodo. Uma rampa dá acesso ao quintal, onde um conglomerado de freaks toma cerveja em canecas particulares e degusta uma espécie de cachorro-quente preparado num imenso caldeirão. Parece hora do recreio numa creche qualquer – a garotada correndo, conversando, dando risada – comendo e bebendo debaixo de chuva. Para achar o cômodo onde o grupo se apresenta o único jeito é seguir as ondas sonoras. Passando por sósias animados do Devendra Banhart (de saia e tudo), cocotas com visual emo, e alguns punks, é possível sacar que toda aquela massa sonora vinha de uma porta de alumínio, daquelas típicas de vestiário de clube de futebol de várzea.

É só entrar, sem bater, e lá dentro cerca de 30 pessoas presenciam quatro jovens de Recife em catarse coletiva. Da terra do sol diretamente para a terra da garoa, executando um groove hipnótico, puro Krautrock, a vertente experimental alemã que trouxe ao mundo grupos como Can, Faust, Neu! e tantos outros. No palco improvisado, o guitarrista abusa de uma Gibson SG de dois braços, um ícone dos anos 70, famosa por ilustrar timbres de hinos do período como Stairway To Heaven, Hotel California e Band On The Run. Entre o som agonizante e agudo do theremin e projeções na parede atrás do grupo, fica claro que o Anjo Gabriel é um combo único dentro do rock brasileiro atual. Nessa mini turnê dos garotos pelo sudeste, esses 30 minutos na misteriosa casa foram o único gostinho que os paulistanos tiveram do Anjo Gabriel, um agrupamento lunático que certamente não faria feio num Rock In Rio ou em um SWU da vida. A banda foi formada quando alguns de seus integrantes se encontraram numa comunidade hippie de Recife, chamada Ripohlandya, nome também do selo desenvolvido por eles, por onde surgiu o primeiro, e por enquanto único, registro da banda: O Culto Secreto do Anjo Gabriel.

O vinil, duplo, é quase todo instrumental, um oásis sonoro para aqueles cansados da choradeira indie que assola o mundo. Ecos da nordestina psicodelia “maldita” dos anos 70 é a espinha dorsal do trabalho, que também se alimenta do som pesado do Black Sabbath e do Blue Cheer, do progressivo espacial do Pink Floyd e do hard groove do Zeppelin. Sim, parece um disco perdido de um grupo obscuro da época, daqueles que você baixa hoje em dia e acha que descobriu o universo. “Optamos por lançar em vinil e usar o processo analógico na produção. Essa prática soa real e coerente,” diz o pessoal, que aproveita a deixa: “Podemos dizer que corremos por fora das soluções modernas de distribuição com a estratégia ‘menos é mais’. Trabalhar dentro dessa prática provoca os antigos apreciadores e faz surgir novos curiosos. Além disso, o fato de colecionar discos nos faz entender um pouco como funciona o comércio e o público que consome música produzida em vinil.”

O elepê foi registrado em um gravador de rolo de 16 canais, num sítio, onde o grupo varou algumas intensas madrugadas realizando longas jams. Dessas lisérgicas sessões surgiram os oito temas do disco. Canções longas, trabalhadas, progressistas e livres. Depois do impacto no ‘udigrudi’ o Anjo Gabriel já está preparado para encarar a famigerada ‘maldição’ do segundo disco: “Temos uma ideia basicamente definida quanto ao próximo lançamento, que já está composto e arranjado. Será uma trilha para o filme Lucifer Rising, de Kenneth Anger. Como o filme tem somente meia hora, nossa intenção é fazer uma trilha alternativa, e lançá-la num disco de dez polegadas que deve sair até o meio do ano de 2012, antes do mundo acabar…” Literalmente amaldiçoado e apoteótico.
=====================
ANÔNIMO NA INTERNET:

Da primeira a última faixa o que se ouve neste trabalho é um verdadeiro rolo compressor psicodélico jamais visto na cena progressiva brasileira. Guitarras que rasgam, dilaceram como um leão que ruge a procura de sua presa. O teclado é puro cheiro de anos 70. Baixo e bateria irretocáveis. Tem uma mistura esplendorosa ali de Hawkwind com Causa Sui e Space Debris espetacular. Tem um hard a la Purple e Zeppelin também. "O Culto Secreto do Anjo Gabriel" é um disco que dá um prazer enorme de ouvir inúmeras vezes e reunir os amigos como era costume fazer nos anos 70. É um disco que, com certeza, vai substituir um mero e tímido sorriso por uma verdadeira gargalhada de alegria para mostrar que o rock progressivo(psicodélico) brasileiro vai muito bem, obrigado. 


Cris Ras (guitarra e vocal)
Marco da Lata (baixo e vocal)
André Sette (teclados, theremin e vocal)
Junior do Jarro (bateria, percussão e vocal)

01. Peace Karma - 12:14
02. Sunshine In Outer Space - 11:30
03. Mantra III - 6:30
04. Astralysmo - 11:30
05. 1973 - 12:25
06. O Poder Do Pássaro Flamejante (Dubdeepsabath) - 12:00

segunda-feira, 4 de março de 2013

PAULO,CLAUDIO & MAURICIO - EP (1972 Brasil Prog Jaz Fuzz)



ALTÍSSIMA RARIDADE!!
HIGHEST RARITY!!

COMPACTO DUPLO SUPER RARO DESSE TRIO FORMADO PELOS IRMÃOS GÊMEOS "PAULO GUIMARÃES" E "CLAUDIO GUIMARÃES", ACRESCIDO DO AMIGO "MAURÍCIO MAESTRO" QUE DEPOIS PARTICIPARIA DA BANDA BOCA LIVRE!! GRAVARAM ESSE COMPACTO EM 1972 QUE FOI PRODUZIDO POR MARCOS VALLE!! A SONORIDADE É UM ROCK PROGRESSIVO COM PITADAS JAZZ E O USO DE FLAUTAS QUE FICOU BEM LEGAL MESMO!! UM BOM SOM!! AS DUAS PRIMEIRAS MUSICAS SÃO JAZZ INSTRUMENTAL BEM TRABALHADAS COM FLAUTAS ROLANDO, DEPOIS SEGUE O BAILE COM UM ROCK COM BOAS PITADAS PSICODÉLICAS E POR ULTIMO VEM UMA MELODIA COM ESTILO MAIS PUXADO PARA O FOLK ROCK!! O GRUPO SE SEPAROU EM 1974 DEIXANDO ESSE EP DE ÓTIMA QUALIDADE E QUE HOJE TORNOU-SE PEÇA DE COLECIONADOR COM ALTO VALOR NO MERCADO!! VENENO BRASUCA RARÍSSIMO E RECOMENDADO!!

COMPACT VERY RARE! BAND FORMED BY TWIN BROTHERS "PAUL GUIMARÃES" AND "CLAUDIO GUIMARÃES" MORE FRIEND "MAURÍCIO MAESTRO!" RECORDED COMPACT IN 1972 THAT PRODUCED BY MARCOS VALLE! IS A PROGRESSIVE ROCK WITH TOUCHES OF JAZZ AND USE OF FLUTES! A GOOD SOUND! THE FIRST TWO SONGS ARE INSTRUMENTAL JAZZ WITH THE USE OF FLUTES! THEN COMES WITH A psychedelic rock! AND LAST FOR A FOLK ROCK! THE GROUP DISBANDED IN 1974 LEAVING THIS EP OF EXCELLENT QUALITY AND TODAY THAT BECAME PART OF COLLECTOR HIGH VALUE ON THE MARKET! BRAZILIAN POISON AND RECOMMENDED rare!

Paulo Guimarães (flauta e voz)
Cláudio Guimarães (guitarra e voz)
Maurício Maestro (baixo e voz)
Gustavo Schroeter (bateria)

01 – Gato no telhado
02 – Pudim
03 – Morais Acadêmicas
04 – Acordar, Acender